"As mulheres hoje estão descobrindo que a espiritualidade é autêntica quando é intrinsicamente subjetiva, quando é trazida para fora, penadamente do útero da sua própria experiência"
(Kolbenschlag, p.160)
Uma prática interessante da espiritualidade da Deusa é a criação de um caderno do útero onde escrevemos todas as nossas vivências, reflexões e estudos ligados ao nosso ciclo.
Em meus cadernos, também costumo registrar meus sonhos mais significativos, sempre tomando o cuidado de observar a fase lunar em que os tive.
Dentro dele, guardo também meus calendários lunares, inspirados no livro "Lua vermelha",da Miranda Gray . Além de estudos, trechos de leituras de livros e meditações ligadas ao sagrado feminino.
Sempre que posso, nos meus dias de inspiração, aproveito para desenhar, pintar ou fazer alguma colagem. Para mim, estes momentos se tornam sagrados, pois são parte da minha conexão direta com meus fluxos e com a energia imanente da Deusa.
Sempre que posso, nos meus dias de inspiração, aproveito para desenhar, pintar ou fazer alguma colagem. Para mim, estes momentos se tornam sagrados, pois são parte da minha conexão direta com meus fluxos e com a energia imanente da Deusa.
Hoje ao folheá-los, senti a vontade de postar alguns dos trechos interessantes de livros, compilados durante estes anos de pesquisa. Neste blog pretendo publicar uma parte deste material, pois gosto bastante da idéia de compartilhar o aprendizado para que outras mulheres possam se beneficiar com estas práticas.
Segue a minha primeira seleção de textos e suas referências, caso queiram continuar a leitura.
Segue a minha primeira seleção de textos e suas referências, caso queiram continuar a leitura.
"O que temos perdido nesta cultura é um sentido de reverência. Creio que quando reivindicarmos nosso sentido de reverência em relação a menstruação, ao sangue, aos ciclos da lua, a nossa fertilidade, às incríveis mudanças que ocorrem em nossos corpos, seremos capazes de reinvindicar também o nosso sentido de reverência ao universo, porque pra mim o ciclo menstrual é um microcoscmo do universo. Por isso, em vez do nosso amante ser posto de lado pela menstruação, ele deve se curvar perante ela a partir de cada célula, com um profundo sentimento.
Uma maneira de recriarmos esse sentido de reverência no mundo natural é realizando rituais, seja sozinhas ou coletivamente. Creio que é por não termos rituais de puberdade que por algum modo permanecemos adolescentes. Deve haver uma razão para as culturas possuírem ritos de puberdade. Encaro os rituais e os ciclos como oportunidades de se deixar as coisas seguirem seu caminho, de se renovarem e purificarem. Todos os rituais estão relacionados a deixar ir o velho e abrir espaço para o novo, porque vivemos em um planeta de ciclos. Por isso, a menstruação é tão importante quando reinvidicamos o ciclo natural da vida neste planeta ."
(do livro "Seu sangue é ouro" de Lara Owen)
O Útero
"Embora hajam diferenças distintas entre a energia dos ovários e a do útero, muitas mulheres têm problemas com ambos, simultaneamente. Por exemplo, muitas mulheres cujos ovários são afetados por endometriose também apresentam fibromomas no útero. Portanto, é de toda a utilidade discutir, na sua generalidade, a natureza global dos padrões de energia emocionais e psicológicos, que tendem a gerar saúde e doenças nos órgãos pélvicos.
Os órgãos pélvicos internos (ovários, trompas e útero) estão relacionados com aspectos do segundo chakra. A sua energia depende de um instinto feminino capaz, competente ou potente para gerar abundância e estabilidade emocional e financeira, e para expressar a criatividade na sua plenitude. A mulher deve ser capaz de se sentir bem consigo mesma e com as suas relações com os outros no decorrer da sua vida. Por outro lado, as relações que ela acha cansativas e limitadoras podem afetar adversamente os seus órgãos pélvicos internos. Assim, se uma mulher permanece numa relação não saudável porque pensa não poder bastar-se a si mesma, econômica e emocionalmente, os seus órgãos internos podem correr um sério risco de contraírem doença.
A doença só surge quando uma mulher se sente frustrada nas suas tentativas de efetuar mudanças as que precisa fazer na sua vida. A probabilidade e a gravidade da doença dependem do quão eficientemente funcionam as diversas áreas da sua vida. Um casamento e uma vida familiar que a apoiem, por exemplo, podem compensar parcialmente um trabalho cansativo. Um padrão psicológico clássico associado a problemas físicos na pelve é o de uma mulher que quer libertar-se de comportamentos limitativos nas suas relações (com o marido ou no trabalho, por exemplo) mas não consegue confrontar-se com os seus medos relativamente à independência que essas alterações lhe trariam. Embora ela possa aperceber-se de que outros estão limitando a sua capacidade de se libertar, na realidade, o seu maior conflito desencadeia-se dentro de si mesma em torno dos seus próprios medos.
Um outro aspecto que afeta os órgãos pélvicos é a competição entre as várias necessidades. Quando as suas necessidades mais íntimas de companheirismo e apoio emocional entram em competição com as suas outras necessidades exteriores, autonomia e aprovação familiar, esta situação pode interferir com os órgãos pélvicos, os ovários e o útero. A nossa cultura ensina-nos que não podemos estar ao mesmo tempo emocionalmente preenchidas e ser bem sucedidas financeiramente e que as nossas necessidades relativamente a ambos os aspectos são mutuamente exclusivos; que, como mulheres, não podemos ter tudo. As mulheres não são geralmente ensinadas a ser competentes nas áreas financeira e econômica porque o sistema patriarcal assenta na própria dependência feminina. Uma vez que ter dinheiro e status nos protege e nos faz sentir seguras, foi-nos ensinado que, para adquirir segurança temos que casar, e aos homens que devem providenciar para que não falte dinheiro nem status às suas esposas. O sucesso, no sistema aditivo, permite-nos controlar os outros. Estas crenças e o comportamento determinante que geram são a base para o aparecimento dos problemas pélvicos.
O útero está energeticamente relacionado com o mais íntimo sentido de independência de uma mulher e com o seu mundo interior. Simboliza os seus sonhos e as personagens que gostaria de gerar. O seu estado de saúde reflete a sua realidade emocional e a sua crença em si mesma ao nível mais profundo. A saúde do útero está em risco se uma mulher não acreditar em si mesma, ou se for excessivamente autocrítica.
A energia uterina é mais lenta que a energia ovárica. O tempo de gestação biológica do feto é de nove meses lunares, enquanto que o tempo de gestação de um ovo é de apenas um mês lunar. Pensa-se no útero como sendo a terra, quer simbolicamente, quer biologicamente, na qual as sementes produtivas dos ovários crescem a seu tempo.
A energia ovárica é mais dinâmica e de alteração mais rápida que a do útero. Nos anos reprodutivos, os ovários saudáveis libertam mensalmente novas sementes de uma forma dinâmica. Quando esta energia ovárica dinâmica precisa da nossa atenção, os ovários são capazes de mudar muito rapidamente. Um quisto ovárico pode desenvolver-se numa questão de dias, sob determinadas circunstâncias.
A saúde ovárica está diretamente relacionada com as relações da mulher com as pessoas e coisas exteriores a si mesma. Os ovários estão em risco quando as mulheres se sentem controladas ou criticadas pelos outros, ou quando elas, por seu turno, criticam e controlam os outros. "
Fonte:
"Corpo de Mulher, Sabedoria de Mulher" de Christiane Northrup
Balanceamento das energias dos ovários
"As artérias e veias dos ovários podem ter se tornado entrelaçadas ou aderidas. Existem frequentemente vários pequenos nós e bloqueios próximos aos ovários. Elas devem ser removidas. Isso pode causa infertilidade, cólicas e menopausa precoce. A massagem auxilia na circulação por dissolver a matéria congestionada (...)"
"Coloque as pontas dos dedos na direção dos ovários. Gentilmente presione para baixo e massageie. Verifique a rigidez no lado esquerdo e direito e a sensibilidade do calor e dos ventos."
"Técnica de massagem nos ovários
Faça que o paciente coloque os joelhos para cima. Procure pelos ovários com a almofada das mãos e os dedos num movimento de ondulação para frente e para trás. Se você estiver trabalhando com o lado direito da almofada, massageie o ovário direito, quando a mão escorrega para dentro, dos dedos massageiam o ovário esquerdo. Faça isso por 5 minutos.
Muitas condições se resolvem por elas mesmas. Expurre e bombeie. Faça um deslocamento e um rolamento para eles se tornarem saudáveis. Isso é muito confortável e fará com que a pessoa sinta confiança.
Deve se praticar frequentemente pois a condição anterior tende a retornar. Com o tempo eles estarão acostumados, cmas como estão condicionasos tendem a querer voltar a um estado anterior."
Fonte:
"Chi Nei Tsang. Massagem para orgãos internos com manipulação do chi". Mantak Chia
olá pessoal, obrigada pela publicação!
ResponderExcluirTenho uma dúvida, não entendi o segundo exercício. Como assim, lado direito da almofada? Poderiam explicar melhor? Talvez com imagens... hehehe.
Sofro muito de cólicas crônicas... Já fiz tratamentos diversos e agora só ficou a dor crônica, mesmo... Estou procurando por estes exercícios para melhorar essa região.
Obrigada!